sábado, 1 de outubro de 2011

A VIDA PASSA


No limiar de um novo ano, nova década, novo século e novo milênio, é inevitável chegar-se a esta conclusão: A Vida Passa. Passa velozmente. Quase meteoricamente... O que é, é, já, o que era.

          Como “um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece”, no entendimento de Tiago (4.14b).

          Davi, em fantástica tomada de consciência, indaga: “Que é o homem?” (Sl 8.4), com não menos fantástica projeção em Hebreus (2.6), agora, numa referência ao Filho de Deus, que nasceu para viver pouco tempo esta vida, conquanto para sempre em nossos corações.

          A vida que passa deixa sinais e leva marcas. Ninguém passa em vão por aqui, ou incólume. Todos nós temos nossas alegrias e nossos calvários... Todos nós sofremos o inesperado impacto do que não era para ser e foi, ou do que deveria ser e não foi. É que as coisas têm nossas medidas...

          Que fazer? Abjurar da vida? De forma alguma! Apenas vivê-la como se nos apresenta, reagindo com equilíbrio e assumindo posições corajosas. Buscando solidez e coerência, valores que fazem muita falta a quem não os possui.

          Se é possível viver intensamente a vida que passa, melhor que tê-la extensa, porém superficial.

          Faça pouco, mas faça bem feito, seria um bom princípio. Viva, talvez não muito, Deus o sabe; mas viva profundamente, intensamente, sabiamente. Pés no chão e visão alta. Fé em Deus e ação objetiva. Ato humano, porém, com inteira consciência de estar no centro da vontade de Deus.

          Assim, a vida não apenas passará... Será vivida.

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