sábado, 1 de outubro de 2011

O QUE FAZER COM AS SOBRAS?



          O episódio da multiplicação de pães e peixes (foram dois, registrados em Mc 6 e 8, por exemplo) reserva-nos lições e desafios, desses que se postam para além do ordinário-diuturno do corre-corre da vida. São ensinos de caráter profundo e permanente, a abastecer a Igreja e a vida.
          Para a Igreja: As sobras de pedações de pães e peixes, recolhidos em doze cestos, apontam para a continuidade da missão da Igreja, que somos nós, gente, pessoas, cristãos conscientes, engajados, inseridos no projeto de Deus para salvar o mundo.
          Para a vida: O exemplo de Jesus Cristo, de piedade dos sofridos deste mundo, de solidariedade, de amor. Mandá-los ir, à busca do que comer, depois de retê-los por um dia, não é a solução do coração de Deus. “Dai-lhes vós de comer”, é a ordem do Senhor. Cristianismo sem misericórdia é fora de propósito.
          Após a bênção multiplicadora do Senhor, mais de cinco mil pessoas estavam fartamente alimentadas. E para perplexidade dos discípulos, alguns deles inconsequentes em suas propostas, sobraram “doze cestos cheios”. A ação de Deus gera abundância, através de mãos dispostas para servir e abençoar.
          O que fazer com as sobras? Recolher, para que nada se perca. E, daí,  advêm preciosas lições do Mestre a indicar vários ângulos do nosso viver.
O que se guarda, como reserva de valores da alma, da mente, do coração, do caráter, Deus e a Igreja o utilizam para a continuidade de sua obra. Perde-se o que se desperdiça. Alguns exemplos:
·       A palavra não assimilada.
·       A oração não proferida.
·       O amor não manifesto.
·       A fidelidade não praticada.
·       A piedade não exercida.
·       O bem que deixou de ser feito e virou pecado.
·       O talento escondido, que se estragou.
·       Perde-se a vida, que virou desassossego...
Mas em Cristo, tudo volta a ser novo, de novo.

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