Uma vida de oração, responde-se. Mas só orar responde por alguma diferença na vida? Só orar resolve? Este é o tipo de pergunta que não se pode responder com uma palavra: sim ou não. Seria uma maneira fácil de responder uma pergunta complexa.
Melhor mesmo é pensar no que significa orar. Que prática é essa que relaciona um ser humano a uma divindade?
Muita definições têm sido oferecidas. Algumas nos parecem “frases de efeito”, pura retórica, e não expressam uma vida de real comunhão com Deus. Agostinho a definiu como amor. Hallesby entendeu oração como abrir a porta da vida para Cristo. “Orar é pedir a Deus que entre em nossa condição humana”, diz Arival Casimiro. “Orar é mudar, mas resistimos a mudanças. Orar é lutar, mas sempre somos vencidos”, diz ainda. Trumbull parece dogmático: “A preocupação de satanás (escrevo com letra minúscula, mesmo) é impedir o crente de orar”. E por aí prosseguem e se multiplicam as definições.
Impressiona-nos a asseveração de Fosdick: “Oh! Deus, nós não sabemos o que é bom para nós. Tu sabes o que é. Por isso oramos”.
Bem, parece que chegamos a um ponto satisfatório. Orar é uma conseqüência do que Deus é e faz em nossa vida. Não é nunca o que fazemos por nossa própria capacidade (Ver Rm 8.26). Parece estranho?
É que a vida de um servo de Deus deve, em tudo, espelhar a vida do próprio Deus – “... não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2.20).
Isso faz a diferença.
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