“Que saístes a ver no deserto? (...)
um caniço agitado pelo vento? (...)
um homem vestido de roupas finas?
(...) um profeta?” (Lc 7.24-26).
Mas poderia haver razão mais banal para levar alguém ao encontro de um homem de Deus? Ver um caniço agitado pelo vento, uma pessoa vem vestida, ou alguém que se intitule de profeta? Pois é mesmo assim que boa parcela de cultuadores procede. Suas motivações são variadas e superficiais.
Ocorre que João, o mensageiro, não era um caniço, uma cana fina, dessas que o vento verga para onde quer se sopre. Era, ao contrário, um homem de convicções profundas. Uma têmpera a toda e qualquer prova. O Batista também não era um folgazão inconsequente – alguém dado à boa vida... Era mesmo um profeta de Deus e, assim, deveria ser visto.
Há nas indagações de Jesus uma ironia fina acerca de nossas motivações adoradoras. Ver e ouvir um homem de Deus é diferente de qualquer outra experiência em nossa vida. O profeta de Deus fala do conselho de Deus para a vida do povo. Não fala de si mesmo. João Batista chamava a atenção para aquele que viria depois dele. Ele apenas preparava o caminho para a fé em Jesus Cristo. E a missão foi cumprida: “Todo o povo que o ouviu, e até os publicanos, reconheceram a justiça de Deus”, e foram batizados (Lc 7.29).
O que nos motiva a prestar adoração ao nosso Deus? O que portamos em nossa mente e coração? Qual é o nível de nossa consciência e nossa reverência? Paulo trata destas questões, em 1Co 14.26 – o que tendes, quando vos reunis?, indaga o apóstolo. Tendes salmo, doutrina, revelação, alguém que fale em outra língua, alguém que possa interpretar? Faça-se tudo para edificação. Em Ef 5.19, a questão é retomada. Em Cl 3.16, ele trata da riqueza da palavra, da instrução mútua, do conselho sábio, do louvor, da gratidão.
Com essas marcas, a adoração será verdadeira, eficaz. O povo será edificado e o nome de Deus será engrandecido.
Sem dúvida ele emprestou a sua voz
ResponderExcluirPara o Senhor e sua obra