sábado, 1 de outubro de 2011

MODOS E MODAS



          Uma tradição muito apreciada no mundo evangélico é a capacidade de fazer diferença por ser diferente. Sempre fomos muito respeitados em razão disso. Todavia, as coisas não andam muito bem para o nosso lado: já não se distinguem evangélicos pelos modos, nem mesmo pela conduta.
          Um texto bíblico vem-nos à mente, sempre que tratamos desta questão. É a palavra de Paulo aos Romanos (12.2) – “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
          A expressão “não vos conformeis” significa “não vivam de acordo com o estilo ou a tendência da presente era; vivam, sim, como se a era vindoura já tivesse chegado” (Bíblia Anotada).
          “Não vos conformeis” é uma advertência a que não tomemos a forma do mundo, com seus modos e modelos, já que os modelos do mundo contrastam com os modelos do Evangelho de Cristo e, conseqüentemente, com o modelo cristão de vida.
          Como fazer diferença, se somos iguais? Se um cristão se comporta como se comportam as pessoas que vivem o “modelo” deste mundo, como poderá ele influenciar os “do mundo” com a mensagem transformadora do Evangelho?
          Quem dita a moda do mundo? Em geral são pessoas de conduta moral duvidosa. A frase que fomenta a ética do mundo é: “não tem nada a ver!...” Entenda-se: tem tudo a ver com o que essas pessoas querem: repassar seus valores, influenciar, fazer a cabeça das pessoas. Com freqüência, conseguem êxito com pessoas incautas e volúveis.
          Surpreende como, tão rapidamente, os forjadores da “ética” do mundo conseguem “fazer a cabeça” de pessoas que durante a vida receberam uma boa educação e, também na Igreja, receberam uma sólida formação cristã. O resultado é que até mesmo os cultos que são oferecidos a Deus já não são levados a sério – pessoas vão aos cultos como se fossem a um piquenique (cultos-lazer); trajam-se como se fossem a um baile, fazem do Santuário uma passarela, exibem-se de modo extravagante, inconveniente à ambiência de um culto ao Senhor. Quando chamamos mais a atenção para nós mesmos, desviamo-la de Deus.
          Nesta ausência de sensibilidade adoradora, faz bem lembrar o conselho de Paulo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo” (NVI)); “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo” (NTLH). Qual é o propósito? É experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Pôr-se no centro da vontade de Deus.


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