A palavra, em prece, que chega ao coração de Deus, brota do coração humano. Mais que isto: oração é uma comunicação que liga o espírito humano ao Espírito de Deus.
“Oração é um dom de Deus, para que, em espírito, o filho redimido se mantenha em diálogo constante e em comunhão permanente com seu Pai celeste em quaisquer situações ambientais e variações emocionais” (Onésio Figueiredo).
A vida de oração de um crente não se limita a situações litúrgicas, “verbalizações ocasionais, circunstanciais e oportunistas”. Na verdade, se a oração não se traduz numa vida de comunhão com Deus, “nada significa, nada representa espiritualmente. O desejo e a necessidade de orar incessantemente são características do regenerado”.
Ensina-nos a Bíblia que “a oração é obra do Espírito em nós, não produção de nosso intelecto, de nossa razão ou de nossa emoção” (Rm 8.15, 16; Gl 4.6). É Jesus quem, por meio do Espírito Santo, na sua Igreja, induz seu povo a orar (Ef 6.18; Jo 4.23, 24 cf. Rm 1.8; 7.25). É Deus quem nos abre a alma à oração e os lábios ao louvor (Jr 29.13; Jo 4.24; Rm 8.26; 1Co 14.15; Sl 51.15).
Bem, mas que tem tudo isto a ver com o tema desta matéria? É que Deus faz sua parte. Ele, porém, não invade o nosso coração (Ap 3.20). Dá-nos todo o mecanismo par fazê-lo – sua Palavra e a ação do seu Espírito em nós.
Contudo, nosso propósito é dizer que, se não pomos nosso coração em Deus e sua obra, nossas orações não terão sua natural eficácia.
Oração é, afinal, nossa conformação do Espírito do Senhor.
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