quinta-feira, 20 de outubro de 2011

“NÃO TE DEIXAREI”


                                                                                              "Não te deixarei, nem te
                                                                                              desampararei”. (Js 1.5)


          Há sinais de grandeza nesse processo sucessório de Moisés por Josué. É preciso ser grande para ter um auxiliar tão distinto e não pisar-lhe os calos... É preciso ter um espírito evoluído para aceitar o segundo posto na hierarquia e não puxar o tapete do titular. A congregação de Israel era abençoada com esses dois líderes. E ambos viviam e agiam sob orientação do Deus único e único soberano em suas vidas. Nobre exemplo de dois pastores na condução de um mesmo rebanho!...

          Ambos se conduziam pela orientação divina. Tanto que, para animar o moço Josué, Deus evoca o veterano Moisés – “... como fui com Moisés, assim serei contigo...” (5). Que Deus foi presença constante na vida do grande líder, pontilha-se o Sagrado Texto de referências. De tal maneira, que se tornaram amigos – “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo...” (Êx 33.11).

          Agora, a mesma relação se faz com Josué, e com uma promessa que encheu de segurança o jovem líder – “... não de deixarei, nem te desampararei”. Moisés foi conduzido ao monte Nebo. Contemplou a terra, mas não entrou nela. Ali mesmo morreu (Dt 32.48-50). Ainda teve a grandeza de abençoar o povo (Dt 33). Sua jornada completou-se em Cades-Barneia, que é um dilema e um juízo...

          Desponta um monumental fenômeno! Deus mesmo sepultou Moisés num vale, “e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura” (Dt 34.6). “Cento e vinte anos. Não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor” (7).

          Ficou Josué com a tarefa de conduzir o povo à terra prometida. E Deus era com ele. Era com ele como está conosco em nossas labutas, sobretudo quando nos conduzimos debaixo de sua orientação. “Deus quer que seu favor seja conferido a nós para que possamos andar em Suas bênçãos”, escreveu Sandra Querin, em A Oração de Moisés.

          Agora é a nossa vez de confrontar-nos com esse magno exemplo. Somos humanos como Moisés e Josué. Também vivemos das promessas do Senhor e confiamos plenamente em sua Palavra. Mas não devemos fixar-nos só na promessa, porém, direcionar nossa mente e nosso coração para aquele que faz a promessa. Ele cuida muito bem de nós! Em meio a provações e testes de fé a que somos submetidos, é preciso aprender a esperar naquele que disse: “Não te deixarei, nem te desampararei”. Mais seguros estaremos, se nos ancorarmos em Js 1.8 – dia e noite com a Palavra nos lábios e na vida.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O ALCANCE DA FÉ


                                                       “Porque  aguardava  a  cidade  que  tem
                                                                                   fundamentos, da qual Deus é o arquiteto
                                                                                   e edificador” (Hb 11.10).

         
          Abraão e seus dois filhos, Isaque e Jacó, partiram para uma cidade que não existia, senão na esfera e abrangência da fé. “Pela fé peregrinou na terra da promessa...” (9). Não existia para eles, mas existia para Deus – seu arquiteto e edificador. A grandeza da fé é o que nos permite alcançar àquele que é infinito e eterno, por isso tem de transcender os limites de nossa percepção humana, presa a medidas – tempo e espaço.

          O verso 1º nos diz que fé é prova e fundamento do que se espera e do que não se vê. Está, pois, acima do que podemos realizar, mas perfeitamente dentro dos limites do Altíssimo e Todo-Poderoso. Falar de limites, atribuindo-os a Deus, não é uma boa figura. É apenas uma forma de entender nossos limites mentais. 
         
          O que é real é precedido do ato de alguém que age. Mas a fé, ao contrário disso, afirma a realidade daquilo que ainda não existe para nós, humanos. Existe, sim, para Deus. Para que seja visto, precisamos crer. Crer é afirmar Deus em ação transcendente. A fé é maior do que tudo que possa haver ou se possa imaginar. A fé é maior, porque é fé em Deus.

          Não há como honrar a Deus, a não ser que nos dirijamos a Ele tangidos pela fé mais coerente com sua natureza e caráter. Veja-se o verso 6 – “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

          A ideia que sobressai põe em realce a potencialidade da fé, de trazer à realidade aquilo que não era visto. Só mesmo Deus o via. Fé, por esta ótica, é trazer para a percepção e experiência humanas aquilo que pertence aos domínios do Senhor.

          A fé nos possibilita ver como Deus – ver antes. É como se Deus nos permitisse ver com os seus olhos... Quando Deus se humaniza, também nos eleva a essas alturas. Só uma genuína fé é capaz desse fenômeno.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

EXPERIÊNCIA DE HABACUQUE

EXPERIÊNCIA DE HABACUQUE
SOB INVASÃO DOS CALDEUS
E EM TEMPO DE CRISE NO CAMPO




Ainda que a  figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.
    (Hc 3.17-19)




          Bem haja quem se aperceba de parábolas no Antigo Testamento. Figuras da vida campestre, situações corriqueiras da experiência rural, vicissitudes dessa vida pacata da solidão no campo ou do frenético dia a dia das cidades, fazem um elenco encantador, nesse compasso de espera, de quem olha a figueira e nela não vê frutos (figos); não vê na oliveira – Ah, nas oliveiras!... –, seu fruto-verdade (azeitona); recolhem-se os campos de sua produção (trigo); ovelhas arrebatadas do seu aprisco (não há carne) e os currais vazios de gado (não há leite).
          A diversidade..., Adversidades!...
          O inimigo audacioso, caldeu, caudaloso... – o assédio do mau, este, sim, arrebatador, porque põe fim às últimas possibilidades.
          Ah, nem tudo, porém, nessa condição transitória do humano, traduz uma fatalidade existencial, mas tudo se funde numa perspectiva nova. É transitório o que nos remete ao Absoluto.
          Há um silêncio no campo, silêncio do nada, que é nada, que diz nada, silêncio que somos nós, desapontados, entrelaçados com o já-não, o ainda-não, o talvez-não – intervalo de meditação e busca de quem duvida, mas que é petição de mais certeza. É um fim que traz o domínio do novo.

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          Ah, nessas horas de aparente desmazelo, tem-se o melhor ensejo de um olhar reflexo, olhar de ver o que-como-quem somos, e reafirmar-nos como filhos de Deus, e é isso que, de fato, somos. Aleluia! Cada vez que somos nós mesmos, nos reafirmamos no melhor que temos, ainda que não haja fruto na vide, verdade na oliveira, produção no campo, ovelhas no aprisco e gado no curral.
          Ainda que..., “todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação”. Desespero, inconformismo? Não. Fé!
          Quem há que padeça, a quem Ele não socorra?, mas quem há que se arrogue autossuficiência, que não se finde no próprio desapontamento?
          Quem há que sobreleve o próprio eu e não se imiscua na própria finidade?, mas quem há que ouse ancorar-se no Altíssimo, que não descanse à sombra do Onipotente?
          Quem há que nesta vida fugaz não haja exclamado, doendo, ante o  irremediável?, mas quem há que não se recrudesça na esperança dessa dialética do humano com o Divino – “Ainda que...”; “Todavia eu...”?
          Afinal, “O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente”.
          Desespero? Não. Fé!
          Deus está conosco –
·       Não temeremos o mal (Sl 23).
·       Ainda que tudo se transtorne (Sl 46).
·       Mesmo no abandono dos pais (Sl 27).
·       Mesmo que os céus se pejem de nuvens e se turvem todos os horizontes.
·       Mesmo que a solidão atrofie e desumanize.
Ele é a porta que se abre, e tudo novamente se descortina antes os olhos, e
tudo novamente se exalçará.
          Agora, passadas que são naturais intercorrências deste humano existir – passadas ou passantes –, podemos subir com Deus e com o profeta aos lugares altos, onde o inimigo não chega e o ar é mais puro. São  os  lugares  altos,  de  visão
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mais ampla – ver o mais que o Senhor nos dá. Lá só é possível chegar pela fé, sublime fé só adquirida a um alto preço. “As paisagens mais elevadas esperam pelos que desejam escalar o cume das montanhas”.
          O profeta descobriu que o Deus de Israel não é apático, estático, deslembrado. Ele nos leva a culminâncias em Jesus Cristo. E não é esta a graça divina metaforizada nos ditos do profeta? Se o Senhor chega antes, resulta que nenhum de nossos passos será inseguro. Se vacilam os nossos pés, é porque caminhamos para baixo. Se se firmam, é porque vamos com Ele para o alto.
          Sob esta ótica, “Ainda que...”, “Todavia...”, podemos exultar: Deus é a nossa salvação – aqui, e até lá.

         
         
                                       

REFLEXÃO A PARTIR DO SALMO 88


1.     O Salmo 88 é o mais triste dentre os Salmos do Saltério.

2.     Há uma descrição de calamidades com que o salmista se defronta (1-9).               É precedida de uma prece tocante ao Senhor (1,2), já uma afirmação de fé.
a)    A alma do salmista está farta de males (3).
b)    Sua vida está beirando a morte (4).
c)     Homem sem força, contado entre os mortos, vida deslembrada porque já não “existia”...; arremessada aos lugares tenebrosos, os abismos impenetráveis (4-6).
d)    Sob o peso da ira divina. A sensação é a de ser abatido por ondas imensas, gigantescas, invencíveis (7).
e)    Sensação de isolamento; feito objeto de abominação para seus conhecidos; como numa prisão indevassável, sem chance de sair (8)
f)      Olhos desfalecidos pela aflição, mesmo em meio a clamores diários e mãos levantadas ao Senhor (9).

3.     A situação de crise representa uma ameaça à vida do salmista (10-13). Suscita sérias dúvidas em sua mente.
a)    Há, porventura, prodígios aos mortos, ou louvor nos lábios dos finados; porventura se levantarão para louvar? (10).
b)    Faz sentido falar-se de bondade na sepultura ou fidelidade nos abismos? Outra forma de questionar: misericórdia e socorro, se já não há vida? (11). Era assim, num estado de prostração irreversível e absoluta, que o salmista jazia.
c)     Há possibilidade de manifestação de maravilhas em densas trevas, e justiça, numa terra onde predominava o esquecimento? (12).
d)    O salmista recobra a consciência e se antecipa a cada manhã, clamando ao Senhor (13). Há sempre uma via de esperança para quem confia no Senhor (Cf. Hb 11.1).

4.     O salmista expressa sua consternação frente aos acontecimentos de sua existência (14-18).
a)    Consterna a sensação de rejeição da alma pelo Senhor; o não ver o rosto santo (14). Estado de alma conturbado por esse sentimento.
b)    Intensa aflição parece levá-lo ao fim (...), e isto vem de longe, desde moço, como se já não recordasse as bênçãos do passado... Desorientado, vê tudo como pesado terror (15).
c)     Sente-se finado sob as iras e os terrores do Senhor, que o rodeiam como águas contínuas, circundantes (16, 17).
d)    Novamente a figura da solidão – tudo parece imergir em densas trevas (18). É como que privado de uma visão clara de vida e de mundo...
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REFLEXÕES
1.     A vida, por vezes, parece precipitar-nos num abismo profundo, e já não há mais cânticos alegres em nossos lábios, exultação em nossa alma        (Ver Salmo 137).
2.     As calamidades que desfilam, sobranceiras, ante os nossos olhos e, hoje, parecem tornar-se uma rotina, geram desapontamentos em nossa alma, trazendo a sensação de que tudo acabou: a alegria virou tristeza, a luz se fez trevas, as companhias se foram, a paz converteu-se em aflição, a esperança diluiu-se, a vida descambou na morte.
3.     Mais que essas diluições existenciais; mais que a sensação niilista (espírito destrutivo em relação ao mundo e a si próprio) de que somos tomados; mais que a degeneração de sonhos, aspirações, coragem para utilizar a vontade como garantia de uma conduta coerente com a elevação do espírito, o refinamento do espírito; pesa sobre nós, humanos, pequenos, a sensação de abandono pelo próprio Deus – o Deus da nossa vida!
4.     É aí que, muitas vezes, falar-se de grandeza, de elevação espiritual, de paz, harmonia, benquerença, de decência e honradez, parece não fazer sentido. Esses desapontamentos afetaram o rei Davi, derramados que foram, por exemplo, nos Salmos 37 e 73, e igualmente nos afetam, a nós, hoje, que vivemos as circunstâncias e as vicissitudes naturais da vida. Similitudes humanas perpassam todas as gerações.
5.     Somos igualmente afetados pelo simples fato de sermos humanos. “Eu sou homem e nada do que é humano me é indiferente” (“Homo sum, et nihil humani a me alienum puto”) – Terêncio, poeta latino. 
6.     Mas mesmo neste Salmo 88 – um extravasamento de queixumes, de lamúrias –, do mais recôndito da alma crente, deixa-se escapar um fio de esperança.
·       Verso 1 – “Ó Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante
                 de ti”. Enquanto pudermos afirmar que o Senhor é o Deus da
                 nossa  salvação,  afirmar-se-á  a  salvação,  porque  Deus   é
                 imutável.
·       Verso 2 –  “Chegue  à tua  presença  a  minha  oração...”   Também   se
                 afirma que Deus se inclina para nos ouvir   é  um  gesto  de  
                 sua misericórdia.
·       Verso 9 –  Mesmo em  meio  a  circunstâncias  adversas,    sempre  a
                 possibilidade de clamores  diários  e  levantamento  de  mãos
                 perante o Senhor.
·       Verso 13 – “Mas eu, Senhor, clamo a ti por socorro, e antemanhã    se 
                  antecipa diante de ti a minha oração”.
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7.     Nada há neste mundo, e nesta vida, que nos possa separar do amor de Deus, afirma, enfático, o Apóstolo Paulo (Rm 8.31-39).
8.     Outro salmista, Davi (Salmo 139) – numa solene e eloquente alusão à inseparabilidade de Deus do seu povo:

·       Verso 1 – Ele nos sonda e nos conhece.
·       Verso 2 – Ele vê quando nos assentamos e nos levantamos (segue  os
                nossos movimentos) e de longe penetra o nosso pensamento.
·       Verso 3 – Esquadrinha (vê) o nosso deitar, nosso levantar e conhece os
                nossos caminhos.
·       Verso 4 – Conhece as nossas palavras, antes mesmo de serem por nós
·                       articuladas.
·       Verso 5 – Cerca-nos por inteiro e nos cobre com sua mão.
·       Versos 7-12 – Contempla-nos onde estivermos.
·       Versos 15, 16 – Viu-nos quando nem éramos... (informes).
·       Versos 23, 24 – Uma oração que todos deveríamos sempre fazer:

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,                                                prova-me e conhece os meus pensamentos;                                                         vê se há em mim algum caminho mau                                                                     e guia-me pelo caminho eterno.


          É absolutamente certo que com esses recursos todas as tensões da vida podem ser satisfatoriamente superadas.

A minha graça te basta...” (2Co 12.9a)

SABERÁS DEPOIS – de como entregar-se ao senhorio de Cristo –


        
Jesus respondeu a Pedro:
O que eu faço não o sabes agora, compreendê-lo-ás depois                (Jo 13.7) – RA - A Bíblia Anotada.
Outras versões:
          IBB-RC: “... mas tu o saberás depois”.
          EC – “... mas o compreenderás depois”.
          IBB-VR: “... mas depois o entenderás”.
          NVI – “Você não compreende agora o que estou lhe dizendo; mais tarde, 
                     porém, entenderá”.
NTLH – “Agora você  não  entende  o  que  estou  fazendo,  porém  mais  
              tarde vai entender!”.

          Outras versões, de reconhecido valor, grafam o texto de modo semelhante aos já referidos acima.

          Uma vista, de passagem, na circunstância em que essa expressão foi proferida por Jesus, dá-nos dois detalhes importantes:

1)    O capítulo 13 de João assinala o início do ministério particular de Jesus Cristo com os seus discípulos. Passada a fase das manifestações públicas, com portentos reveladores de sua divindade, reserva-se o Senhor para os doze, e se empenha por formar-lhes o caráter, a consciência. O ideal por que se votou pode ser visto em    Jo 14.12 – “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai”.
2)    Seguiu-se à Páscoa – um período comumente usado para reflexão; quer-se uma reflexão mais apurada –, um fato que seria marcante na vida dos discípulos de todas as épocas (João cap. 12), com episódios de extrema significação e culminância no ensino, a chamada cerimônia do lava-pés, com uma lição de humildade a Pedro e aos demais, mas, principalmente, enfocando o âmago do ensino penetrante e purificador – compreenda-se a profundidade espiritual de Jo 15.3 – “Vós já estás limpos, pela palavra que vos tenho falado”.

Há algumas subtilezas que merecem atenção especial: Jesus está agindo. Ele é livre para agir. Ao homem convém não opor-lhe obstáculos. Pedro, aliás, gostava por demais dessas ingerências, por vezes com alguma intemperança... Aqui ele é o Pedro, tantas vezes excitado e descaridoso, ensimesmado e arrogante, autossuficiente e xenófobo. Aqui ele é um judeu empedernido que se encaminha para a simplicidade do cristianismo.
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          Jesus está agindo, e mais que isto, construindo vidas, uma nova realidade, um novo recipiente, porque vinho novo deve ser posto em odres novos (Mt 9.17). A velha vida não comportaria a nova palavra com suas inarredáveis implicações.
          Jesus sabe o que quer fazer em Pedro, mas o apóstolo ainda não sabe. Sua mente e seu espírito não têm tal alcance – “tu não sabes agora, mas saberás depois”. Era necessário reconhecer quem estava agindo para entender o que Ele estava fazendo. Isso equivale a entrar no Espírito de Cristo. Todo espírito é volúvel, até que se ancore no Espírito de Cristo. Valha-nos pensar nas tibiezas e oscilações do espírito do irrequieto apóstolo, ainda em formação. Arroubos podem até embevecer, mas não são garantia de boas ações.
          “O que eu faço não sabes agora...” A questão essencial aqui, não é entender, na hora, o que Jesus está fazendo, mas ver, depois e sempre, quem estava agindo. E quem está agindo é o Filho de Deus. Fá-lo em nome de Deus Pai. Só deste Evangelho do Filho de Deus, que é o Evangelho de João, destacamos estas referências: Jo 4.34; 5.30, 36; 6.38; 17.4; 19.28.
          Jesus está agindo, a seu modo e nas circunstâncias que Ele mesmo estabeleceu. Reconhecer o tempo de Deus é, já, situar-se na coerência de Deus, o que vem a ser uma elevação do espírito humano para além de suas limitações. Saber esperar o tempo de Deus é situar-se na agenda de Deus e auferir o melhor do que a existência humana pode comportar. Davi já ensinava: “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor” (Sl 27.14). Do mesmo Davi (Sl 37.7) – a confiança se associa à esperança. No verso 5, a confiança está associada à entrega. Não é menos encorajadora essa oração davídica para livramento (Sl 40.1), em que se ressalta a singeleza do Senhor de inclinar-se para nos ouvir. É esta a postura de um servo de Deus, que se estende ao longo da Sagrada Escritura.
          Como, diante destas evidências, se justificaria um agir fora dessa cadência e desse espírito? Não seria, porventura, ou por desventura mesmo, um agir na carne? Decerto! E é ainda certo que “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne...” (Gl 5.24a), e é igualmente verdadeiro que “os filhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus” (Rm 8.14).
          Deixe-se, pois, que o Espírito que comanda as ações de Deus (Deus não age contra si mesmo), também comande as ações humanas, na Igreja, na denominação, na vida. Por exemplo: pastores são alçados a pastorados por Deus e são removidos por Deus. Não nos vale, à guisa de exemplo, o episódio da escolha de diáconos na Igreja de Jerusalém? (At 6.1-7). Também, já não nos serve o exemplo da Igreja de Antioquia, na separação, pelo Espírito Santo, de dois extraordinários pastores, Barnabé e Saulo, para a vocação eclesiástica – “para a obra a que os tenho chamado”? (At 13.2, 3). Que fez a Igreja? Jejuou, orou, impôs as mãos sobre eles e os despediu. Claro está, fê-lo cumprindo um desígnio do seu Senhor. Isto é agir no Espírito e pelo Espírito!
          Não soa bem que instituições do Reino de Deus sejam conduzidas dentro de modelos que não resistiriam a um teste da ética bíblica. Se precisarmos praticar a “política dos homens” para tocar projetos na causa de Cristo, dificilmente haverá licitude em evocar o nome de Deus para abençoar ou referendar nossos feitos. É preencher convenções meramente humanas, “empurrar com a barriga”  e, claro, isso é carne, conduta pecaminosa, é ofensa
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à dignidade humana e à santidade divina.
A experiência mais altaneira e mais dignificante em nossa vida de servos ocorre quando nos submetemos à soberana vontade de Deus. Não é quando ditamos as regras, mas é quando Deus aponta o caminho. Nesse estágio,     “os meus pensamentos serão os vossos pensamentos e os meus caminhos serão os vossos caminhos”, sem pretender uma contraposição a Is 55.8.
          A melhor política é situar-se no centro da perfeita vontade de Deus    (Rm 12.1, 2). Só assim, nossas ações assumirão feição de culto, e culto racional, como o Apóstolo Paulo ensina.
A luta por poder, em nossos arraiais, chega a ser “letal”, do ponto de vista ético. A propósito, citamos a pretensão, descrita em episódio relacionado com “graduação no reino” (Mt 20.21), de uma solícita e sonhadora, ardorosa e bem-intencionada mãe, que desejava que seus filhos, João e Tiago, ladeassem Jesus quando estivesse no seu reino – “... Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, uma à tua direita, e o outro à tua esquerda”. Esses meninos, ao que parece, estavam preocupados com posição de destaque no reino, na glória. Ou eles ou a mãe deles. Abstiveram-se da mais elevada, da mais honrosa posição que um ser humano pode galgar: a de servo do Senhor dos senhores. Esta é a condição singular em que um simples humano pode – ressalvadas as proporções e as circunstâncias –, encarnar o espírito e a disposição de serviço de Jesus, o Filho Eterno de Deus. É uma inferência possível de Jo 14.12.
         Há apenas um poder a nos comandar: é o poder do Espírito de Deus, benfazejo e abençoador. E esse poder está no Filho (Mt 28.18b).
          Feitas estas digressões, voltemos ao texto inicial.
          Teria Pedro assimilado a instrução do Filho de Deus? Sabemos que ele vacilou, muito e feio. Mas a misericórdia divina ocorre justamente para os fracos, os desprovidos de mérito. Méritos, quem os tem? Não devem ser expectativa nem prerrogativa de servos. Méritos têm-nos o Senhor, que manda nos servos. Ao servo não convém senão fazer o que manda o seu Senhor. E que exemplo indefinível, o do próprio Jesus! Di-lo Ele mesmo, em Lc 22.27 – “... no meio de vós, eu sou como quem serve”.
          Vacilou o apóstolo? Sim. Ele era homem, como humanos somos nós. Não lhe faltou, contudo, como, de resto, a nós outros, a graça restauradora.
          Ao final de sua vida verifica-se que o que antes fora resistência, fizera-se submissão, já anunciada, aliás (Jo 13.9) – não só os pés (para um caminhar certo), e as mãos (para um agir exemplar), mas, sobretudo, a cabeça (para um pensar coerente com o Espírito de Cristo).
          E depois? Depois que houvermos assistido ao desenrolar dos fatos, e virmos seus efeitos benéficos e restauradores, certamente diremos: foi Deus! Foi Deus! Como Jacó (Gn 28.16) – “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não sabia”.  Ao despertar do sono...
          Fiquemos com o ensino de Paulo, em Cl 3.17 – “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Mais que referir um “nome”, é encarnar o conteúdo desse nome.

PRINCÍPIOS À ADORAÇÃO CRISTÃ

INTRODUÇÃO

          Qualquer diagnóstico de uma igreja cristã passará necessariamente por sua adoração. Mais precisamente o tipo de adoração, a qualidade da adoração, o nível da adoração.
          Adoração é algo indispensável à vida de todo cristão. É verdade que todos sabemos disto. Entretanto, não são muitos que sabem distinguir entre uma adoração verdadeira e “um culto que provoca náuseas ao Senhor da Glória”.
          Uma criança, ao ver um grande cartaz sobre os cultos de uma igreja, perguntou a seu pai: “O que significa cultuar?” O pai respondeu: “Significa ir à igreja e escutar o sermão do pregador”. É provável que a maioria das pessoas que freqüentam as igrejas pense assim. Em geral, os cultos são atrelados a quem esteja à sua frente. A simples menção de uma pessoa famosa é garantia de sucesso. Daí resulta que nossas motivações são, em geral, mais humanas que propriamente espirituais. Trata-se naturalmente de uma concepção equivocada.
          Esta lição pretende tornar claro o verdadeiro sentido da adoração bíblica, até porque sabemos que Deus não aceita uma adoração fora dos padrões de sua Palavra.
                 
I. O ENSINO DA ESCRITURA SOBRE ADORAÇÃO

1.     É muito extenso o vocabulário bíblico sobre adoração. Mas seu conceito essencial, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é de “serviço”. Adorar é uma forma de serviço a Deus. Não significa “trabalho”, na forma braçal, operária, por exemplo, mas serviço – atitude piedosa diante de Deus, em que o ser humano se põe diante do Absoluto, reconhece-Lhe a soberania e Lhe presta adoração. Adorar, portanto, é a postura mais elevada de um ser humano: ele se põe diante do Senhor dos senhores numa condição reservada exclusivamente a seres humanos.
2.     A adoração é a conduta mais cara ao ser humano. A nenhum outro elemento da criação foi concedido pôr-se diante de Deus para um contato íntimo com Ele, numa relação à base de “virtudes” pessoais, como o pensar, o sentir, o querer, o aspirar, o amar. São peculiaridades de pessoa, gente, que tem história, tem nome, tem sentido, tem vocação, tem alma, pode alcançar a condição de filho por meio de Jesus Cristo (Jo 1.11, 12). Causa perplexidade o fato de que esse ser, humano, tão privilegiado, é justamente o que confronta a santidade divina com suas transgressões. Mas é aí que melhor se vê o milagre do Evangelho, que resgata o homem e lhe restitui a condição, originalmente perdida, de adorador.
3.     Na Bíblia, nos dois Testamentos, há os termos: “abhôdhâ” (hebraico) e “latreia” (grego) que, originalmente, significavam “o trabalho efetuado pelos escravos ou empregados”. Para oferecer essa “adoração” a Deus, Seus servos literalmente se prostravam – “hishtaha” (hebraico); “proskyneõ” (grego). Dessa forma manifestavam temor reverente, admiração e respeito, que são próprios da atitude de adoração.
4.     No Antigo Testamento, as instâncias de adoração são individuais (Gn 24.26ss; Êx 33.9 – 34.8). Mas essas instâncias também recaem sobre uma parte da congregação (Sl 42.4; 1Cr 29.20). Entenda-se: no Antigo Testamento a adoração é tanto individual como coletiva. Ocorria de modo proeminente no tabernáculo como no templo. Também ocorria nos sacrifícios diários, matutinos e vespertinos, na celebração da Páscoa e no chamado Dia da Expiação. Em Israel, usava-se o louvor público (Salmos 93, 95 a 100). Faziam-se orações (Salmos 60, 79 a 80) com a finalidade de expressar amor e gratidão a Deus  (Dt 11.13). Com essas peculiaridades, o ato de adoração se tornava espiritual e autêntico. Note-se, já aí, mais que mera formalidade.
5.     No Novo Testamento, a adoração ocorre tanto no templo como na sinagoga. Em ambos, Cristo se fez presente, mas sempre inculcando a adoração como proveniente do amor e do coração voltados para o Pai celeste. Com a presença do Cristo, a aproximação de Deus por meio de um ritual qualquer ou mediação sacerdotal é desnecessária e destituída de importância. Todos os sacrifícios sucumbiram diante do sacrifício do Filho e todo sacerdócio se consuma no Filho (Hb 7.23-28; cf. 1Pe 2.9 – aludindo ao sacerdócio (real) individual dos crentes. Diferente de como era antes. Outra informação que temos é que no Novo Testamento a adoração assumiu caráter de conduta no templo e serviço prestado ao próximo (Lc 10.25ss; Mt 5.23ss; Jo 4.20-24;      Tg 1.27), bem como independia de lugar (Jo 4.21, 23) – sentido bem mais abrangente.


II. ADORAÇÃO EM ESPÍRITO E NO ESPÍRITO
   
1.     Como já vimos, a adoração cristã não depende de lugar, ou espaço físico. No entanto, é bom lembrar que a própria Bíblia consagrou alguns “lugares” nos quais se reuniam ordinariamente os cristãos para adorar. O próprio Jesus adorou no templo, no monte, adorou na própria cruz. A adoração ocorria no templo, nas sinagogas (os primeiros anos de vida cristã dos judeus convertidos ao Evangelho; Paulo, aonde chegava, em suas andanças missionárias). Atos 2 nos informa que os primeiros cristãos se reuniam regularmente nas casas. Paulo e Silas evangelizaram Lídia na beira de um rio (At 16.13-15). Depois, adoraram num cárcere (25-40). Como se vê, a adoração bíblica transcende o espaço físico, o lugar.
2.     Outro princípio marcadamente bíblico é o que nos conduz a Deus levando-se em conta sua realeza. Ele é o Rei dos reis. Esta certamente foi a experiência de Isaias (Is 6.1-8), ao aclamar a Santidade do Senhor, cujas vestes enchiam o templo – as vestes, e só suas bordas –, porque o templo era insuficiente para contê-Lo. Outro exemplo de adoração a esse nível é o que ocorreu no Monte da Transfiguração (Mt 17.1-13; Mc 9.2.13; Lc 9.28-36). Embora perplexos e meio atordoados, Pedro, Tiago e João renderam sua adoração. Viram Jesus em sua verdadeira natureza – é o que tecnicamente chamamos de Cristofania ou Teofania (Deus). O episódio prefigurou a futura glória e a transformação metafísica, do homem Jesus e de todos que estivermos em Cristo. Mas indescritível mesmo é a experiência de Paulo, conforme descrita em            2Co 12.1-10 – “palavras inafáveis, as quais não é lícito ao homem referir”.
3.     Adoração em espírito e no Espírito. Para adorar no Espírito é preciso estar em espírito de adoração. O que significa uma tal adoração? Temos de Paulo o ensino de que a verdadeira adoração é aquela que nós oferecemos a Deus pelo Espírito, isto é, não confiando na carne, mas, como Paulo, gloriando-nos em Jesus Cristo (Fp 3.3). Em certo sentido nossa glória é a glória da cruz – “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo...” (Gl 6.14). De modo algum significa “crucificar” Cristo outra vez, como alguns atos litúrgicos que reproduzem o sacrifício do Gólgota. Ainda: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co 1.31). A adoração não se afirma em ou a partir de méritos humanos. Somos recebidos como adoradores pela graça de Deus em Cristo.
4.     Valemo-nos, nos dois pontos seguintes, do luminoso pensamento do Pastor Russell P. Shedd, extraídos de seu livro, Adoração Bíblica, págs. 7, 8.

a)    “Percebe-se então que adorar a Deus requer que, aquele que se aproxima do Senhor para adorá-lO, guarde-se de uma vida pecaminosa, indiferente aos Seus mandamentos, porquanto sua adoração será sem sentido; será uma falsa adoração, mesmo que os atos sejam perfeitos. Se Deus quer verdadeiros adoradores, Ele só Se alegrará com aqueles que correspondem às Suas exigências. Ele rejeita a liturgia dos “anciãos” ou a da denominação à qual pertencemos se esta não for bíblica. De modo semelhante aos romanos, se o ventre for o nosso Deus (Fp 3.19), o culto que oferecemos será abominação e insulto a Deus, três vezes Santo (Is 6.3). Além disso, devemos lembrar sempre que o contato real e permanente com Deus não deixa de ter seus reflexos na vida daquele que cultua”.
b)    “Em nosso mundo evangélico, repleto de reuniões, estudos bíblicos, bons livros, música sacra, mensagens, conferências, retiros, deveria se esperar que os cristãos refletissem o efeito destas atividades em vidas caracterizadas pela santidade. Mas, talvez, ao olharmos para nós mesmos, admitiremos o que G. Verwer, diretor-fundador da Operação Mobilização, chamou de ‘esquizofrenia espiritual’. Dividimos nossas vidas em dois compartimentos. Um, envolvendo nossas atividades religiosas, exemplificadas pelo nosso cantar, orar, falar e testemunhar; outro, envolvendo todas as atividades não religiosas; nossa conversa, sociabilidade, tempo de trabalho e lazer, sentados à mesa, ou atentos aos programas de televisão. Uma dicotomia notável caracteriza a vida daqueles que reivindicam comunhão com Deus, afirmando ser residência do Seu Espírito”.

5.     Continua o Pastor Shedd – “Quando nos comparamos aos cristãos em geral, é fácil concluir que a nossa saúde espiritual está em ótimo estado. Mas os judeus religiosos, contemporâneos de Jesus, também atribuíram a si mesmos alto nível de espiritualidade. Foi o Filho de Deus que estourou o balão de pretensões, espiritualmente oco, dos escribas e fariseus. Quando ocorre a espiritualidade genuína e agradável a Deus, é arrancada a máscara da hipocrisia. A adoração em espírito e em verdade exige o temor de Deus, o qual deve se fazer acompanhar de religiosidade externa. ‘Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus’ (2Co 7.1). ‘O temor do Senhor é o princípio da sabedoria’ (Sl 111.10). Sabedoria e santidade de vida unem-se na carta de Tiago, onde se afirma que essa sabedoria tem sua origem no ‘alto’, isto é, na pessoa de Deus. Por isso, ela é ‘pura... plena... de bons frutos... sem fingimento’ (Tg 3.17)”.


CONCLUSÃO

A adoração bíblica, cristã, obedece a princípios. Um culto não pode ser realizado de qualquer jeito (...), de modo a satisfazer os desejos e preencher expectativas particulares de “artistas” ou de pessoas com carências especiais... Assiste-se, hoje, com freqüência, a “cultos à personalidade”, isto é, em homenagem a determinadas figuras importantes..., notáveis..., de certo destaque dentro de nossas igrejas. Isto acontece, por vezes, por interesse ou exigência de grupos familiares. Aí muita gente fica acesa!...
O culto deve ser prestado a Deus – “ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” ou darás culto (Mt 4.10). Quando um culto não tem como objetivo fundamental tornar Deus real e pessoal, nele se incluem “feno e palha”, que nem edificam seus participantes nem exaltam ao Senhor. “A maneira como uma igreja adora reflete a teologia da comunidade” (Shedd), como entendiam os teólogos de Westminster – que criam ser o principal alvo do homem glorificar a Deus e alegrar-se nEle por toda a eternidade.
“À medida que o culto concentra-se no homem, em vez de Deus, suscita-se a noção falsa de que Deus é um simples espectador que acompanha nossa atividade, como um avô que se diverte com as brincadeiras de seus netos”.
Deus, só Deus é “digno de receber a glória, a honra e o poder...” (Ap 4.11).




Fontes:

DOUGLAS, J. D. (Editor Organizador). O Novo Dicionário da Bíblia. 3 Volumes.
Vol. 1. São Paulo: Junta Editorial Cristã, 1966.

SHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. 6 Volumes. Vol. 1. São Paulo: Milenuim Dist. Cultural Ltda, 1980.

SHEDD, Russell P. Adoração Bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova, 1987.

BIBLIAS – diferentes versões.