A despedida de Jesus (Mt.28) é marcada por um certeza acalentadora (Ele estará conosco todos os dias), uma constatação avassaladora (toda autoridade foi dada a Ele) e um desafio monumental – fazer discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
É justamente no fazer discípulos que a igreja mais peca! Fato é que não é necessário ter igrejas para que haja discípulos. Para que haja discípulos é preciso ter o Mestre. E no caso do cristianismo, outros discípulos que, de tão próximos do Senhor Jesus, queiram replicar seu modo de vida fazendo novos discípulos. Igrejas são importantes para o cuidado e até certo ponto, permanência dos seguidores (se bem que nos dias atuais elas tem mais tirado do que atraído discípulos).
Discipulado vem não só pela instrução, mas sobretudo pelo padrão, tipo, modelo a ser seguido. Um discípulo reproduz o que seu mestre é. Para tanto, é preciso que ele conviva com ele.
Pois numa sociedade de consumo como a nossa que transfere para Deus esse mesmo tipo de relacionamento (o de consumo), está cada vez mais difícil ver gente conectado ao convite de Jesus. Todos querem o bem estar espiritual e acham que isso se encontra em concreto, fachada, pintura, ar condicionado, enfim, em estrutura. Contudo esquecem que o verdadeiro bem estar no serviço a Deus vem do prazer de ver alguém ser regenerado por Cristo, de ter alguém rumo a perdição sendo transformado por Jesus, de ver gente crescendo na compreensão e vivência da Graça de Deus!
É por isso que para muitos seria um escandâlo hoje pensar em abandonar uma estrutura confortável para apoiar um trabalho menos confortável. Fazer como Paulo fez: largar a Igreja de Antioquia para trás (At.13) e sair para plantar novas igrejas, formar novos discípulos, isso continua sendo para poucos. Interessante que em uma de suas viagens, tencionando ir para a Ásia (At.16.6), Deus dá a ele uma visão: e essa visão fala de alguém pedindo para que pregasse o evangelho na Macedônia (At.16.9). Mal sabia o apóstolo que como fruto de sua obediência a visão, e não teimosia a ela, ele iria ser usado para plantar a igreja de Filipos, a que mais alegrava seu coração. É… a vida com Deus é assim… coisas que não pensamos, nem imaginamos estão reservadas para gente que obedece…
Essa visão era fruto de gente que buscava ao Senhor com seu coração, mas que ainda tateava o escuro para encontra-lo (At.16.14). Lídia adorava a Deus. E o Senhor sabia que ela o fazia de modo inadequado, conquanto fosse com o coração. Por isso o Senhor enviou Paulo e ela foi batizada, porque o Espírito agiu no seu entendimento, uma vez que seu coração estava pronto para o Evangelho.
Como falamos no início, a despedida de Jesus foi um convite à Missão. Não a uma “congregação” mas a um desafio maior de fazer discípulos. E isso cabe a todos nós que cremos no Senhor.
Obedecendo a essa visão é que Deus nos guiou para a área do RIO2 (Abelardo Bueno). Isso porque ela representa hoje um grande deserto espiritual sem igrejas presentes para proclamação do Evangelho. Lá o Senhor vem acrescentando gente que tem sido salva e gente que precisa de restauração. Tem também levado gente com coração pronto para ministrar ao Senhor. “Paulos” dos nossos dias.
Há porém ainda muitas Lídias naquela área. Gente que busca a Deus com coração sincero, ainda que não sabendo bem como, nem “onde” faze-lo. Também há muitos poucos “apóstolos” por ali. Por isso quero estender a você o convite da parte de Deus (a visão do Senhor para você é a visão desse texto no seu computador) para passar a nossa “Macedônia” e ajudar-nos a fazer discípulos. Faça parte do cumprimento da Missão de Jesus, e desfrute da maior alegria que é fazer discípulos.
Deus o abençoe!
Pr.Sergio Dusilek
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