domingo, 31 de janeiro de 2016

O QUE CABE A NÓS! (Pr. Sérgio Dusilek)

 
Dos muitos testemunhos sobre o saudoso Pr.José dos Reis Pereira destaca-se o registro de sua visão de plantação de igrejas. Para quem não sabe, Pr.Reis foi o homem que Deus usou ainda no início da década de 70 para comprar os dois lotes naquilo que seria a futura primeira sede da PIB do Recreio. Quando aquela igreja começou, já tinha propriedade. A história registra que esse mesmo homem evitou a tentação de se fazer uma mega-igreja. Ao contrário, a cada crescimento, desafiava os irmãos de sua membresia a plantarem igrejas em bairros sem o trabalho batista. Várias igrejas nasceram no campo carioca a partir dessa visão. Os mais pessimistas estimam pelo menos 10. Fato é que conquanto a então Igreja Batista do Rocha tenha crescido, ela não se tornou MEGA, por conta de uma saudável visão.

Sem nenhum resquício de uma possível fixação pastoral por esse tema, quero chamar sua atenção para a questão do crescimento da igreja. E para tanto queria apresentar algumas verdades para sua reflexão (I Cor.3:1-15):

1-A Igreja pode não querer ser grande, mas deverá crescer.
Perceba: não cabe a nós limitar ou crescimento de uma igreja. Crescimento cabe a Deus. É Ele quem o dá. Não somos nós quem o determinamos. Podemos atrapalhar, mas não há como ajudar se tal ação está contida na esfera divina. Portanto cabe a nós definirmos que projeto de igreja queremos ser: MEGA? De Médio porte (como temos falado desde o início)? Porque se não queremos ser grandes, nosso crescimento traduzir-se-á num transbordamento que ocasionará a plantação de novas Igrejas Batistas.

2-O ritmo do crescimento é de Deus (como bem diz o Pr.Eberson), mas a profundidade é nossa.
Não adianta, como já dizia o José Geraldo Carvalho (membro da CBRIO) ser uma igreja grande formada de crentes pequenos. Uma vez que o ritmo do crescimento é dado por Deus cabe a nós buscarmos profundidade. Paulo fala que teve que dar aos Coríntios “leite espiritual”. Eles eram rasos. Tem que haver em nós desejo por profundidade. Querer conhecer, estudar e meditar na Palavra.
Paulo fala também de carnalidade (v.2-3). Isso é imaturidade espiritual e relacional. Não cabe a nós nos fecharmos em grupo e guetos. Cabe o desejo de nos aprofundarmos, de sermos AMIGOS de todos que se apresentarem para construir conosco sólidos relacionamentos. Se o ritmo é de Deus, lembre-se, cabe a nós buscarmos a profundidade bíblica e relacional.

3-Nenhuma Igreja cresce se não estiver preparada para crescer (como dizia em sala de aula o Pr.Falcão Sobrinho).
O crescimento, que no texto de Coríntios se assemelha a noção da chuva que irriga a terra para a colheita, cabe a Deus como destacamos anteriormente. Mas o plantio, o trabalho (v.8), cabem a nós. Isso implica dizer que por vezes nossa igreja não cresce o que poderia crescer (embora mesmo assim esteja crescendo) por ausência de maior envolvimento nosso. Cabe a nós o trabalho, o envolver-se, a preparação para a “chuva”. Só para que você reflita: você já faz parte de algum ministério? Você tem se empenhado em falar de Jesus para aqueles que não O conhecem? Você já se envolveu em algum grupo de comunhão?

No momento em que meditava e orava sobre esse “Maná da 2ª”, nossa Igreja obteve um retorno esperado e pelo qual estávamos orando: foi-nos disponibilizado o espaço do Centro de Convenções do O2 para que tenhamos TAMBÉM o culto pela manhã. Ao passo que damos Glória e Honra a Jesus por essa vitória, cabe a nós o envolvimento e preparação para essa nova fase da vida da nossa igreja. Precisaremos de mais gente na recepção, de gente no ministério infantil, de irmãos ajudando na tesouraria (contagem), na música, no datashow, entre tantas outras áreas. Portanto, ore! Se envolva! E deixe o Senhor lhe usar no nosso meio!

Que Deus abençoe sua semana!!!

Com Carinho,

Pr.Sergio Dusilek

Filed under: Liderança — sdusilek @ 1:20 am  16/08/2012
https://sergiodusilek.wordpress.com

Áudio - Pr. Válter Sales: De que lado o sino soa?


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Você está em paz? (Ito Siqueira)

 
Há alguns dias o médico conversou comigo acerca das complicações relativas ao tratamento da leucemia. Logicamente que existem riscos e complicações num tratamento de uma doença como essa. Após ter falado tudo perguntou se havia ficado alguma dúvida. Eu disse que não. Naquele mesmo momento ele olhou para mim e disse: “Você não está com a cara de quem está preocupado”.  Respondi: “De fato não estou preocupado, estou em paz. Na verdade confio que Deus está à frente de tudo, não tenho motivos para ficar preocupado”. 

Em Romanos 5:1 a Palavra do Senhor nos ensina que “sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. Ou seja, a paz não depende de nós. Ela nos é concedida por meio do sacrifício de Jesus, e esse já foi realizado. Agora podemos desfrutar dessa paz.

Se você não conhece a Cristo, se ainda não colocou sua vida nas mãos dEle, certamente não tem desfrutado dessa Paz. A Paz é de Deus, nós apenas podemos usufruir da mesma a partir do sacrifício feito na cruz. Jesus entregou sua vida por nós. Deus deu seu único filho para que todo aquele que nele crê, tenha a vida eterna.  Você também pode desfrutar dessa paz em Cristo, para isso precisa dar um importante passo de entregar sua vida a Cristo. Pode parecer algo complicado ou mesmo difícil, mas na verdade é um ato de confiança. Creia no seu coração e entregue sua vida nas mãos dEle.

Podemos aprender muito com os ensinamentos do pai da fé, Abraão. Em Romanos 4:20-25 aprendemos que precisamos ter fé.

20 Mas Abraão nunca duvidou. Ele acreditava em Deus, e a sua fé se fortaleceu até, e pôde assim louvar Deus por essa bênção ainda antes de ela se concretizar. 21/22 Ele estava certíssimo de que Deus era poderoso para cumprir tudo o que tinha prometido. E em razão da sua fé, Deus considerou­o justificado.
23/25 Ora acontece que esta afirmação de ser aceite por meio da fé não foi feita só em benefício de Abraão. Ela também é para nós, os que cremos em Deus que ressuscitou da morte Jesus nosso Senhor; o qual foi entregue à morte por causa das nossas transgressões e ressuscitou para que pudéssemos ser considerados justos aos olhos de Deus.

Você pode começar a desfrutar dessa Paz agora mesmo. Aceite a Jesus em seu coração.

Um amigo me perguntou como eu podia acreditar nessas coisas. Felizmente tudo isso é fruto de uma experiência vivida. Não é algo que está na Bíblia e por isso eu acredito, na verdade eu experimento dessas verdades em minha vida. São realidades para mim e pode ser também para você. Experimente também.

Em Romanos 5:1-8 podemos ver:

1/2 Sendo, pois, declarados justos pela fé, temos paz com Deus, devido ao que nosso Senhor Jesus Cristo fez por nós. Pois em razão da nossa fé, temos direito a esta graça, e em confiança nos regozijamos pelo dia em que partilhamos da glória de Deus.
3/5 E também nos regozijamos nas tribulações, porque sabemos que ensinam a persistência. Depois a persistência fortalece­nos o carácter, e ajuda­nos para que a nossa esperança se torne forte. E nessa esperança não ficaremos desiludidos, pois sentimos o amor de Deus nos nossos corações pelo Espírito Santo, que ele nos deu.
Quando nos encontrávamos sem possibilidades de sair da situação de pecadores culpados, Cristo veio, no momento oportuno, e morreu por nós, pecadores. Mesmo que fôssemos justos, poderia ser talvez que alguém viesse a morrer por nós; não é vulgar que alguém morra por uma pessoa boa. Mas Deus prova o seu amor para connosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

Não espere para amanhã. Tome essa importante decisão ainda hoje.

Deus o abençoe

Ito Siqueira.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Pensamento Batista - Pastor Ney Ladeia


SEMEAR A PAZ



“Se quisermos ser semeadores da paz, precisamos primeiro confrontrar nossas feridas e a escuridão em nossos corações. Senão, estaremos sempre culpando outras pessoas pelos nossos problemas, em vez de olhar para nós mesmos”.


(Em Busca de Francisco, de Ian Morgan Cron, p. 125).

ORAÇÃO E A DINÂMICA DA VIDA



            Oração não é uma prática circunstancial. Oração é devoção – sentimento religioso próprio de quem vive uma experiência de caráter permanente. O substantivo fomenta o verbo devotar, de que se inferem o oferecimento em voto, a dedicação, a consagração, o tributo. Essas acepções percorreram toda a Idade Média sem descurar de seu sentido estrito, rigoroso e exato. Transcendem épocas, nutrindo a adoração de sucessivas gerações. São hoje ainda pertinentes.
            Oração é, assim, o comportamento do cristão. Independe do momento. Está no espírito da comunhão divino-humana. Pode ocorrer a qualquer hora, em qualquer circunstância, pois que é prática do espírito. Se nessa prática nós desvanecemos, nalguma ocasião, o Espírito não apenas nos induz, como nos ensina a orar da forma como convém (Rm 8.26). Fá-lo com a força das próprias entranhas, é assim que Paulo expressa seu empenho e seu afã de nos tornar orantes naturais.
            A lógica nos leva a mais uma inferência: é aí que a alma se desnuda diante de Deus. Derrama-se. Desvencilha-se de quaisquer óbices. Faz-se oblação. Permite-se perscrutar até os limites últimos. “Como poderia eu ausentar-me do teu Espírito?” – indaga o salmista Davi (Sl 139). Aquele que sonda nossos corações e pesa nosso espírito, também conhece nossos recônditos... Ele vai aonde não vamos e penetra naquilo em que nem nós mesmos nos conhecemos.
            Que nos resta, senão prostrar-nos diante dele, em absoluta e desimpedida genuflexão, sem as amarras do tempo, sem as demandas neurotizantes da vida moderna, nos grandes centros? Ora bem quem ora sempre, aquele que tem em si essa vocação. É a oração no espírito, a verdadeira oração, na qual, por vezes, o Espírito fala mais que o homem. É nesse nível de comunhão com o Altíssimo que todas as posturas formais e toda preocupação estética se diluem.
            Em suma, oração é Deus presente em nossa postura adoradora. Ninguém é solitário enquanto ora. Assim, podemos afirmar que a prática da oração não é pontual, pois é comunhão com Deus. Lembra-nos a asseveração dos chamados psicólogos da religião, que um cristão amadurecido ora não para pedir alguma coisa, mas para comungar com Deus.
            Pois, oração não pode ser prática de gente apressada..., acossada pelas circunstâncias. Orar é estar com Deus. É descansar em Deus. É debruçar-se nos braços do Senhor e aí ficar. É senti-lo num aconchego de Pai. Oração faz-se com a dinâmica da vida. É sua demanda principal.

Recife, 26.09.2015
                 Válter Sales

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Além de cometer um crime o moço fazia de Deus seu cúmplice (Társis Wallace)



Há alguns anos, em Salvador (BA), no período do meu pastorado de 27 anos na Igreja Batista da Graça, conheci uma pessoa muito especial. Não era membro da igreja, mas passou a congregar ali e a ser atendida por mim de uma forma também muito especial. Era tão extraordinária que a atendia não no gabinete pastoral, mas em minha própria casa. Seu nome: Lúcia Rocha. No nosso primeiro contato ela contou-me a história de sua sofrida vida: havia perdido o esposo, Adamastor (proprietário da loja mais refinada de roupas e artigos masculinos de Salvador, situada na Rua Chile); depois perdera sua filha Ana Marcelina na adolescência, vítima da leucemia; depois, num acidente com um elevador a outra filha, a atriz Aneci Rocha. Fizemos uma amizade muito grande e aprendi muito com a determinação e resistência de Lúcia, diante destas e doutras adversidades que enfrentara como cristã evangélica.

Seu grande orgulho era o filho, Glauber Rocha, genial cineasta e expressão maior do cinema novo, diretor de filmes instigantes como Barravento, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe, A Idade da Terra e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro. Era o ano de 1981 e ele se encontrava em Portugal, adoentado e com viagem marcada de volta ao Brasil.

Lúcia me dizia: quero que vocês se tornem amigos, vocês vão se dar muito bem, tenho certeza. E fiquei alimentando a expectativa da chegada de Glauber a fim de criarmos um vínculo de amizade. Para tristeza dela, minha e de todos aqueles que amavam a qualidade da sétima arte nativa de qualidade indiscutível, Glauber chegou morto. Era a quarta grande e dolorosa perda de Lúcia e eu estava ali para ajudá-la a superar, com sua fé em Deus, a morte ascendente que é sempre a morte de um filho. Ela vivera essa dor por três vezes.

O grande gênio do cinema foi educado numa atmosfera evangélica. Por isso, sempre que voltava a Salvador ia às origens, Vitória da Conquista, e sempre visitava a Segunda Igreja Batista da cidade. Ao chegar ao templo o velho pastor João Norberto já sabia que tinham de cantar o hino preferido dele, Corajosos 469 do Cantor Cristão: Um pendão real vos entregou o Rei a vós soldados seus. Corajosos, pois de tudo o defendei marchando para o céu. Com valor sem temor, por Cristo prontos a sofrer. 

Bem alto erguei o seu pendão, firme sempre até morrer.

Se a congregação cantava arrastado, ele reclamava e pedia que se cantasse o hino com o espírito marcial que lhe é próprio.

Glauber admirava a integridade proposta pela fé cristã, daí sua preferência por esse hino. Não sei qual seria sua reação hoje diante do produto da massificação evangélica onde a qualidade de vida deixa tanto a desejar. Não sei como reagiria, por exemplo, vendo um rapaz vendendo discos evangélicos piratas num carrinho onde, bem visível, estava escrito: até aqui nos ajudou o Senhor. Além de cometer um crime o moço fazia de Deus seu cúmplice. Há alguns anos não vejo Lúcia. Hoje, mesmo com a idade avançada, 92 anos, ela preserva o acervo das obras do filho Templo Glauber fazendo com que a memória do bom cinema brasileiro não se perca na poeira do esquecimento. Em novembro estarei indo a Salvador, tomara que me seja possível reencontrá-la para recordarmos os velhos tempos e nos lamentarmos da expectativa que alimentamos e que não conseguimos concretizar: minha amizade com Gláuber. Uma pena!

Sobre o autor:
Társis Wallace é pastor da Igreja Batista Betel, em Jaraguá
http://www.ojornalweb.com/2011/10/12/uma-expectativa-que-nao-se-concretizou-tarsis-wallace/

CorajososCantor Cristão

Um pendão real vos entregou o Rei,
A vós soldados seus!
Corajosos, pois de tudo o defendei,
Marchando para os céus!

Com valor, sem temor,
Por Cristo prontos a sofrer!
Bem alto erguei o seu pendão,
Firme sempre até morrer!

Eis formados já malignos batalhões,
Do grande usurpador!
Revelai-vos hoje bravos campeões;
Avante sem temor.

Com valor, sem temor,
Por Cristo prontos a sofrer.
Bem alto erguei o seu pendão,
Firme sempre até morrer.

Oh ! sejamos todos a Jesus leais,
E a seu real pendão
Os que na batalha sempre são fiéis
Com Ele reinarão.

Com valor, sem temor,
Por Cristo prontos a sofrer
Bem alto erguei o seu pendão,
Firme sempre até morrer